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Revolução digital é o novo paraíso dos empreendedores
Consultor especialista em inovação defende que micro e pequenas adotem práticas inovadoras em sua gestão
Mesmo com todo o avanço tecnológico vivido nos últimos anos, as empresas mundiais utilizam apenas 5% de toda a capacidade que a internet oferece para os negócios. As possibilidades da rede devem ser exploradas principalmente pelas micro e pequenas empresas, orientou o especialista em inovação Walter Longo, consultor do grupo Newcomm, em palestra realizada na manhã de quarta-feira (17), segundo dia do XIV Encontro Internacional de Empreendedores, que se estendeu até quinta (18) no Centro de Convenções HSBC Arena, no Rio de Janeiro.
“Ainda não usamos todo o potencial que esse novo mundo nos oferece. Utilizar o facebook ou o twitter para vender, por exemplo, significa lidar com um mundo à parte, além de seu mercado consumidor tradicional. O facebook, por exemplo, se fosse um país, seria o terceiro país mais populoso do mundo. É uma capacidade imensa de comunicação que está sendo usada de graça, basta saber fazê-lo com competência”, orienta.
Para os pequenos negócios é mais fácil se adaptar, segundo ele. Walter orienta os empresários a utilizarem a rede e as tecnologias para pesquisar sobre quem são seus fornecedores até quem são seus clientes. “Tamanho não é documento neste mundo digital. Para que a empresa desenvolva um bom trabalho, basta ter uma boa estrutura digital que lhe permita uma nova forma de pensar o varejo. O tamanho da empresa não importa. A capacidade de competitividade da empresa é maior se ela tiver uma capacidade maior de se adaptar às novas tecnologias”, afirma.
A revolução digital, destaca, é o paraíso dos empreendedores. Para saber aproveitar ao máximo as oportunidades, as empresas devem estimular a competência de seus funcionários. O consultor ressaltou que o mercado hoje necessita de profissionais nexialistas e não mais especialistas, como há pouco tempo. “Nexialista é aquele profissional que não necessariamente sabe a resposta para todas as perguntas, mas aquela pessoa que sabe onde buscar as respostas para todas as perguntas por meio de nexos. Tem uma visa abrangente de sua realidade e tem informações para resolver problemas”, define.
Longo destacou ainda que a inovação é a enzima da sustentabilidade. O mundo digital é propício para se pensar em práticas sustentáveis. Enviar um e-mail, por exemplo, é bem mais sustentável que enviar uma carta. “A questão não é não consumir, é saber o que fazer após consumir. É encontrar soluções viáveis e econômicas que permitam avançar sem destruir. Preservar é olhar para frente e não olhar para trás. Não é trocar o carro pela bicicleta, mas desenvolver meios de transporte com as tecnologias existentes”.